Merecemos estar bem

Cada ser humano tem a responsabilidade imensa de cuidar profundamente de si mesmo para estar bem. Não merecemos menos que isso: Estarmos profunda e verdadeiramente bem. E só cada um pode descobrir por si mesmo como pode contrariar as forças negativas da sua própria mente, que nos arrastam por pensamentos menos felizes.
A realidade é o aquilo que escolhemos fazer dela. Duro, mas verdade verdadinha. O mundo é o que escolhermos fazer dele, como o escolhemos ver!
Descobri por exemplo, que iniciar o dia com uma frase ou mensagem inspiradora é uma daquelas pequenas coisas que pode mesmo mesmo fazer a diferença!!! Algo que nos dê um mote e intenção criadora para o dia. Que nos faça caminhar mais atentos e sincronizados com o que acontece.

A cada momento podemos escolher estar bem. Simples mensagem... mas com tanto que se lhe diga! Não se trata de bloquear emoções e pôr um sorriso amarelo que cubra todas as agruras do coração.. não por favor isso não! É antes uma tomada de consciência do papel activo que temos em convidar emoções, sentimentos e pensamentos a permanecer em nós e até a crescer, procriar e espalhar-se por todo o nosso ser. E podemos escolher! Sim podemos simplesmente escolher gritar com o corpo todo as lágrimas que teimam em surgir, mas escolher chorar e gritar para libertar, para transmutar... Estar bem significa para mim estar de coração aberto à vida! Estar nesse estado de total receptividade e total abandono que se torna óbvio em nós quando relaxamos, nos entregamos ao fluxo do devir permanente, com a consciência firme de que não podemos escolher o que nos acontece, mas podemos escolher a forma como encaramos o que nos acontece.
Nas minhas sessões de relaxamento com taças tibetanas trabalho particularmente a libertação dessas emoções negativas aprisionadas nas nossas células corporais e o desenvolvimento de atitudes positivas. Um trabalho interior transformador.

É tão inspirador ver nos rostos, em cada momento como as pessoas vão largando as tensões, e com elas memórias menos positivas, e sentimentos mais difíceis... e tudo isso é largado abandonado nesse acolher do momento que chega a cada nova lufada de ar, e esse simples relaxar.
E podemos escolher... sim... eu vejo as escolhas a acontecer nos rostos. Como quando chega um pensamento menos bom e as linhas do corpo e do rosto contraem.. e o tempo que ficam contraídas.. e esse momento mágico em que intencionalmente o corpo e o rosto acolhem a escolha consciente de largar, de abandonar... e o momento em que não descontraem... em que permanecem agarradas, até formar rugas, mossas no corpo e no rosto... ombros fechados, tensão lombar...

Mas a cada dia... a cada instante... sempre a escolha - fico a experienciar a dor que está cá, agarrada aqui neste pedaço do corpo e da alma, ou experiencio-a com intenção clara e definida, de lhe abrir espaço para transformar em mim tudo o que houver a transformar e se libertar? Escolho fazer esse problema o todo da minha existência, ou me permito vê-lo simplesmente como uma parte tão importante como outras magníficas partes que lá estão também, mesmo ao lado? (Ou ainda escolho metê-lo por baixo do tapete e por a placa dentária de sorriso esboçado?)
Podemos escolher estar bem. 
foto: Theo Kaufman